quarta-feira, 14 de maio de 2008

Skate: um crime, um desporto ou um modo de vida?

Num pequeno momento em que tento captar o verdadeiro sentido da palavra “skate”, fecho os olhos e só consigo lembrar-me da liberdade que este nos transmite e nos prende a ele, da adrenalina que dá descer uma rampa, sacar um ollie, saltar umas escadas, deslizar um corrimão... (entre outros), que nos faz fechar os olhos, deixarmo-nos levar por ele e eternizar cada momento em que este nos faz sentir realizados!
E é isso mesmo que me faz sentir realizada em cada “click” meu, as minhas imagens imortalizam o que o tempo registou e a memória de quem viveu, guardou…
Com uma tábua, quatro rodas e um eixo de ferro entre elas… oiço o barulho de um skate rolar no alcatrão… haverá som mais inquietante e tranquilizante ao mesmo tempo?!
O skate é uma arte marginalizada pela sociedade, as pessoas continuam a criminalizar o skate e a “apedrejar” os que fazem dele um modo de vida… Mas estará a nossa sociedade preparada para ser confrontada com tamanha arte?!
É-lhes apontado o dedo todos os dias pelo barulho ou pelo mármore estragado… sendo assim associado o skate, a uma forma de vandalismo e destruição do ambiente… Comparemos então, a poluição que um carro, uma mota, um papel no chão, dois papeis no chão, vários papeis no chão, um plástico (que demora dezenas de anos a degradar-se) a falha na separação do lixo ou um cigarro… à poluição que um skate provoca (se é que provoca!)… Será realmente o skate o destruidor do ambiente ou será essa mesma sociedade, que lhes aponta o dedo?!
Sento-me a observar os skaters num half – pipe e percebo cada vez mais a pura arte que o skate é em si, a união e dedicação de pessoas de estilos totalmente diferentes e que amam de igual modo esta modalidade… Terá a nossa sociedade hipótese contra algo, aparentemente, tão impossível de unir?! Não! Porque só o skate o consegue, porque só o skate reúne desde a criança mais pequena ao adulto mais velho, do estilo mais soft ao mais freak, só o skate consegue apagar o espírito de competição e ganância…
Costuma-se dizer que muitos surfistas vêm no skate a sua maior inspiração, também é verdade que houve movimentos contrários. Mas o verdadeiro skate não é feito em half-pipes, em estruturas de madeira bem montadas, é como fazer surf numa piscina. Há uma procura urbana de lugares onde executar manobras, fazer saltos, ou só deslizar na pedra - entre uma sequência de truques - é que conta, limpar bem o asfalto das pedrinhas e “surfar” no cimento.
No fundo eles riem, choram, gostam, desgostam, lutam, esforçam, partilham, idealizam, gritam, … mas acima de tudo, amam, acreditam e vivem!


Cláudia d´Almeida

sexta-feira, 9 de maio de 2008

Circo da vida


Nas luzes do teu palco,no rebuliço dos bastidores,no burburinho da platéia,tantas histórias se passaram improvisadas pelos actores. Quem de fora vê a lona e imagina o espetáculo,na verdade, não faz ideia das dores e dos amores,alegrias e dificuldades, da vida que ali se oculta, confundindo show com realidades.
Desta vez é que vou. Vou partir com o circo. Vou tocar o trompete, vou vender chiclete. Pinto as unhas de verde, calço as botas de cano com que sempre sonhei, ajudo a desdobrar o tapete do mágico com que vai ocultar a hora de cortar a mulher deslumbrante em três partes distintas. E o público a pensar: se algo correr mal,como é, coitadita,quem a vai consertar? E eu por dentro de tudo a saber como é. Ai ai...
Num registo um pouco diferente do habitual, hoje convido-vos para uma ida ao circo. O maior espectáculo do mundo anda por aí. Se eu demorar um pouco mais, não se assustem. Talvez me tenham passado a chamar Mimi. Por uns tempos. Só por uns tempos. Entretanto, que a Magia vos acompanhe.

Cláudia d'Almeida

segunda-feira, 5 de maio de 2008

Auto-Retrato


Hello.... Depois de tanto tempo resolvi criar um blog onde podesse "expôr" os meus disparos! POis é vão ter de levar comigo... Quem eu sou? Eu sou a Cláudia, estudante de fotografia, passo grande parte do tempo a procura de respostas, e perco-me com muitas delas... amo a fotografia, aquele simples click que eterniza um momento... nao fotográfo qualquer coisa, fotográfo aquilo que pretendo mudar (pobreza) ou que realmente valorizo (skate), tenho como objectivo abrir os olhos ou mudar a visão das pessoas em relação a vida com as minhas fotografias...não pretendo de modo algum explorar sentimentos e emoções dos outros, mas mostrar ao mundo o que "guerrinhas" e "ambições" conseguem destruir! E se há quem critique as minhas fotos, é sinal que as valorizam! Tenho dificuldade em ter tempo para mim nem que seja para ficar sozinha... gosto de rir e de viver... custa-me dizer "não" a um amigo... gosto de sair de onde estou nem que sejam só 5 kms... não gosto de ser uma fotocopia, tento sempre para que seja diferente... gosto de surpreender, cativar e sentir quem me rodeia... aproveito-me daquelas pessoas que me "tiram de letra", para as desiludir...
Qualquer coisa já sabem...Estarei ao vosso dispor!
Quanto à foto, trata-se de um auto-retrato, e para quem não me conhece, sim, sou eu!

Cláudia d' Almeida